Mundo Nucoffee: Lembranças de 2021, expectativas para 2022 e parcerias que se fortalecem

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Mundo Nucoffee: Lembranças de 2021, expectativas para 2022 e parcerias que se fortalecem

E eis que termina 2021! É tempo de relembrar o que aconteceu para preparar o terreno para 2022 com muitos sonhos e desejos de um ano bom para todos. Para celebrar esse momento, conseguimos uma conversa exclusiva com Tim Volkema, CEO de três grandes marcas de café dos Estados Unidos: Schuil Coffee, Sparrows Coffee e Joven Coffee e parceiro Nucoffee.

E não faltaram boas histórias nessa conversa. Tim tinha experiência em grandes corporações, mas sempre foi um apaixonado por cafés, sempre adorou frequentar cafeterias e restaurantes. Há cinco anos, surgiu a oportunidade de adquirir a Schuil Coffee, primeira microtorrefação focada em cafés especiais de Michigan, nos Estados Unidos, aberta em 1981 na cidade de Grand Rapids.  

Tim não pensou duas vezes e mergulhou no mundo dos cafés especiais. “O café especial é muito mais que apenas os grãos que apresentam mais de 80 pontos. O café especial é poderoso, pois traz consigo toda uma cadeia de valor. É um produto feito por pessoas que se dedicam imensamente, com muito cuidado e trabalho para resultar em uma bebida deliciosa”, afirma.

Um pouco depois, Tim, já imerso no universo de cafés especiais, adquiriu a Sparrows Coffee, marca também especializada em cafés especiais acima de 84 pontos, com duas cafeterias também em Grand Rapids, Michigan.

Hoje, a Schuil, que completou 40 anos de existência em 2021, funciona como importadora, torrefação, cafeteria e distribuidora de café, com uma presença no varejo e também com um e-commerce. Tim conta que, durante a pandemia de Covid-19, suas empresas não foram tão impactadas exatamente por contarem com esses dois canais de venda. “Embora tenhamos sido afetados nas cafeterias, não sofremos tanto pois temos uma boa distribuição em empórios e supermercados e também já tínhamos um e-commerce estruturado”, conta.

E esse é um conselho que ele dá para as torrefações. “É essencial ter uma estratégia omni channel, focando em diferentes canais. Durante a pandemia, por estarem restritas em casa, as pessoas perceberam mais como preparam seu café, como cozinham, como se entretêm. E passaram a querer inovar e a melhorar esse momento. É perceptível que estão comprando mais cafés e utensílios de preparo.”

“Os apreciadores querem melhorar a experiência que têm em casa. E as torrefações têm de estar de olho nisso. Pensar em suas marcas, avaliar se seus produtos se encaixam nessa demanda de consumo. Não sei se isso será para sempre, ainda estamos na pandemia e aprendendo com ela. Mas as pessoas ainda não retomaram o comportamento de antes da pandemia. Só o tempo dirá quanto tempo isso vai durar.”   

Por falar em tempo, Tim está de olho na juventude. A começar dentro de casa. Sua filha Francesca “Frankie” Volkema hoje está com 15 anos. E podemos dizer que sua adolescência tem sido cafeinada. Aos 13, acompanhando o pai em algumas degustações, resolveu tentar a certificação Q-Grader. E, pasmem, conseguiu! Com isso, ela se tornou a mais jovem Q-Grader do mundo, segundo informações do próprio CQI, instituição que fornece a certificação. Um feito e tanto para uma garota.

Mas não pense que parou por aí. Em 2020, aos 14, em uma viagem à Colômbia, percebeu como é importante a questão da sucessão na produção de café. “Há muitos produtores mais velhos e poucos jovens”, comentou com o pai. Amadurecendo esse tema, juntos resolveram criar a marca Joven Coffees, que trabalha apenas com cafés acima de 84 pontos produzidos por jovens de até 35 anos.

“A Frankie é embaixadora da Joven e faz parte da nossa equipe de cupping das três marcas, mas tentamos levar de uma maneira tranquila, pois ela tem 15 anos, e precisa se dedicar aos estudos, ela vai à escola normalmente”, conta orgulhoso o pai.

O projeto de valorizar jovens produtores e produtoras já está em curso. Atualmente a Joven Coffees conta com cafés de projetos de parceiros da Schuil (atualmente da Colômbia e do Burundi), que são comercializados nos sites das três empresas. “Ninguém estava falando sobre essa questão tão importante. Espero que outras torrefações sigam essa tendência, levantem essa discussão sobre jovens produtores e que façamos colabs para contribuir com a situação”, convida Tim.

Mas a juventude não está apenas na Joven e na história da talentosa Frankie. É durante a época de Natal que a Schuil fica repleta de jovens da comunidade que são chamados para os trabalhos temporários. “Temos muitas encomendas de presentes, presentes corporativos, são centenas de embalagens, muitas delas customizadas, e a empresa fica um verdadeiro caos. Então chamamos os estudantes para nos ajudar. E eles adoram.”      

Foi com a ajuda não apenas dos jovens, mas com estreita parceria com as comunidades locais, que hoje as empresas do grupo estão em franca ascenção. “Graças também a parceiros como a Nucoffee. Em um contexto como estamos, com muitos problemas logísticos, precisamos ter ao nosso lado empresas sérias com as quais podemos contar”, afirma.

“Também valorizamos muito a inovação e a colaboração. Percebemos que a Nucoffee está alinhada com esses pilares. Com novas experimentações, diferentes processamentos que resultam em atributos exóticos na bebida. Adoramos isso.”    

Para os cafeicultores e as cafeicultoras, Tim deixa uma mensagem emocionante: “Reconheço que o seu trabalho é mais árduo que o nosso. E sou imensamente grato por toda a sua dedicação, todo o cuidado que vocês têm para produzir um bom café. Vocês, produtores e produtoras, são o ponto de partida de toda a cadeia produtiva e, certamente, a parte mais importante dela. Sou grato por poder comercializar esse café e espero poder continuar representando bem o seu café nos Estados Unidos”.   

Sim, é sobre gratidão, Tim. Nós, da Nucoffee, também somos muito gratos por ter parceiros como os nossos produtores e produtoras, mas também como você, que, para além de comercializar, respeita e valoriza os cafés do Brasil. Que venha 2022 com mais parcerias como esta